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O Botafogo garantiu uma vaga histórica em sua primeira final da Copa Libertadores após superar o Peñarol em uma semifinal marcada pela tensão e por um placar agregado de 6 a 3. O alvinegro carioca goleou o time uruguaio por 5 a 0 no jogo de ida no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, e, mesmo com a derrota por 3 a 1 no segundo confronto, realizado em Montevidéu, assegurou seu lugar na decisão. Agora, o time terá o desafio de enfrentar o Atlético-MG, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, no dia 30 de novembro.
Resumo do Confronto e Caminho até a Final
A vitória expressiva por 5 a 0 no primeiro jogo das semifinais deixou o Botafogo com uma ampla vantagem, levando-o a Montevidéu com mais tranquilidade para administrar o placar. No entanto, o segundo jogo foi tenso e marcado por uma atmosfera de hostilidade, especialmente fora do estádio, onde houve incidentes envolvendo torcedores e o ônibus da delegação botafoguense.
No campo, o Botafogo sentiu a pressão, especialmente por ter poupado jogadores chave. Com o Peñarol jogando ofensivamente e impulsionado pela torcida local, o alvinegro viu o adversário abrir 2 a 0 até metade do segundo tempo. A expulsão de Ponte deixou ambas as equipes com dez jogadores em campo, dificultando ainda mais a partida. Ainda assim, o time carioca conseguiu diminuir o placar com um gol de Almada no fim do jogo, garantindo a classificação.
Detalhes da Partida de Volta: Peñarol 3 x 1 Botafogo
Primeiro Tempo – Abertura de Placar e Pressão do Peñarol
O Botafogo entrou em campo com um time mais contido, optando por poupar alguns titulares para evitar o acúmulo de cartões. Somente o goleiro John foi mantido entre os pendurados. Esse esquema defensivo, porém, contribuiu para uma postura mais retraída, permitindo ao Peñarol assumir o controle da partida. Aos 30 minutos, Báez marcou um belo gol para o time uruguaio, colocando mais pressão sobre o Botafogo.
Segundo Tempo – Expulsões e Reação do Botafogo
Logo após o intervalo, o Peñarol sofreu um golpe com a expulsão de seu goleiro, Aguerre, que pisou no pé do goleiro do Botafogo, John. Mesmo com a desvantagem numérica, o Peñarol manteve a ofensiva e ampliou para 2 a 0 com mais um gol de Báez aos 20 minutos. O Botafogo, por sua vez, teve a oportunidade de se beneficiar da vantagem numérica, mas um erro de Ponte, que entrou substituindo Vitinho, levou ao segundo cartão amarelo e à sua consequente expulsão.
Com ambos os times reduzidos a dez jogadores, o Botafogo teve dificuldades para sair jogando e controlar o ritmo do jogo. Contudo, uma combinação entre Barboza e Almada resultou no gol do alívio, que diminuiu o placar para 3 a 1. Nos minutos finais, o Peñarol ainda aumentou a vantagem com Batista, mas já sem tempo para ameaçar a classificação alvinegra.
Clima Tenso e Violência Pré-Jogo
A partida em Montevidéu teve episódios de violência fora do estádio. O Peñarol alterou o local do jogo na última hora para restringir a presença de torcedores do Botafogo, gerando desconforto e tensões. Além disso, o ônibus da delegação e de torcedores do Botafogo foram apedrejados, manchando a atmosfera da semifinal com cenas lamentáveis de violência. Esses incidentes mostraram como o ambiente estava inflamado, e o clima de hostilidade se refletiu na postura do time carioca, que parecia pressionado em campo.
Preparativos para a Grande Final Contra o Atlético-MG
O Botafogo agora volta suas atenções para a grande final contra o Atlético-MG. A partida, que acontecerá no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, representa a primeira final de Libertadores na história do Botafogo e promete ser um duelo histórico entre duas equipes brasileiras. Este será o quarto confronto entre clubes brasileiros em finais de Libertadores nas últimas seis edições, consolidando o domínio do Brasil na competição continental.
Antes disso, porém, o Botafogo deve enfrentar outros desafios. Com a liderança do Campeonato Brasileiro e uma diferença de três pontos em relação ao segundo colocado, Palmeiras, o alvinegro precisará equilibrar suas atenções entre a Libertadores e o Brasileirão, onde enfrentará o Vasco na próxima rodada.
Domínio Brasileiro nas Finais de Libertadores
Nos últimos anos, os clubes brasileiros têm se destacado na Libertadores, assegurando presença constante nas finais. Desde a edição de 2019, esta será a quarta decisão entre equipes brasileiras, uma estatística que ressalta o crescimento e a competitividade do futebol brasileiro em nível sul-americano. A última vez que uma final de Libertadores não teve a presença de um time brasileiro foi em 2018, no clássico argentino entre River Plate e Boca Juniors.
Conclusão
A classificação do Botafogo para a final da Libertadores marca um momento histórico para o clube e seus torcedores, que agora sonham com o título inédito. A campanha alvinegra, sólida e bem-sucedida, tem trazido ao clube uma nova era de protagonismo, tanto no cenário nacional quanto no continental. Com uma defesa sólida, um ataque eficiente e uma estratégia bem definida, o Botafogo terá a chance de fazer história e, quem sabe, trazer a taça mais cobiçada da América do Sul para General Severiano.
FAQ – Perguntas Frequentes
- Quando será a final da Libertadores entre Botafogo e Atlético-MG? A final acontecerá no dia 30 de novembro, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, Argentina.
- Como foi o placar agregado entre Botafogo e Peñarol nas semifinais? O Botafogo venceu o confronto com um placar agregado de 6 a 3, garantindo sua classificação para a final.
- Quantas finais de Libertadores já tiveram clubes brasileiros? Desde 2019, quatro finais de Libertadores contaram com times brasileiros, consolidando a força do futebol brasileiro na competição.
- Qual é a situação do Botafogo no Campeonato Brasileiro? O Botafogo é o atual líder do Brasileirão, com três pontos de vantagem sobre o Palmeiras, segundo colocado.
- Qual foi o incidente pré-jogo envolvendo o Botafogo no Uruguai? Torcedores do Botafogo e o ônibus da delegação foram apedrejados antes do jogo, além de uma mudança de última hora no local da partida.
- O Botafogo já participou de outras finais de Libertadores? Não, essa será a primeira final de Libertadores da história do Botafogo.
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