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E aí, pessoal! Preparem o coração porque hoje vamos falar de uma daquelas figuras que, sem dúvida, deixaram um pedaço de si na cultura brasileira: o nosso querido Ney Latorraca. Com a notícia de seu falecimento, o céu ganhou mais uma estrela, mas a saudade fica aqui, bem pertinho da gente. Aos 80 anos, o ator nos deixou na manhã desta quinta-feira (26), após uma batalha contra um câncer que nos mostrou sua força e a sua fragilidade. Vamos juntos relembrar sua trajetória, entender a doença que o levou e, claro, celebrar a vida desse ícone que marcou gerações.
Uma Jornada de Luz e Arte
A Infância no Rádio e o Despertar para o Teatro
Ney Latorraca não nasceu estrela por acaso; a arte já corria em suas veias desde a infância. Filho de artistas, ele trilhou seus primeiros passos no mundo do entretenimento aos seis anos, na Rádio Record. Mas foi no teatro que sua chama criativa realmente se acendeu. Com apenas 19 anos, já fazia parte do elenco de “Pluft, o Fantasminha”, uma peça que, convenhamos, marcou a infância de muita gente.
O Brilho nos Palcos e nas Telas
E não parou por aí! Nos anos 70, Ney brilhou em espetáculos que até hoje ecoam na memória dos amantes do teatro: “Hair”, “Jesus Cristo Superstar” e “Bodas de Sangue” são apenas alguns exemplos da sua versatilidade e talento. Mas não se engane, sua vida não era só glamour. Ney chegou a trabalhar em loja de roupa feminina, vendeu pedras semipreciosas e até atuou como bancário, mostrando que, para chegar ao topo, é preciso ter jogo de cintura e muita garra.
Uma Estrela que Conquistou a Televisão
Em sua caminhada, Ney Latorraca não se limitou aos palcos. A televisão também se curvou ao seu talento. Sua estreia na Globo, em 1975, na novela “Escalada”, com um personagem que não falava, já mostrava o quanto ele era capaz de atrair a atenção do público. E quem não se lembra do Mederiquis em “Estúpido Cupido”? Aquele adolescente de 17 anos, com sua lambreta e roupas pretas, virou febre no país. Uma coisa é certa: Ney tinha o dom de transformar cada personagem em algo memorável.
O Retorno da Doença e a Batalha Final
O Diagnóstico e a Luta Contra o Câncer
Em 2019, Ney foi diagnosticado com câncer de próstata e, na ocasião, passou por uma cirurgia para remoção da glândula. Mas, como um roteiro de novela com reviravoltas, a doença retornou em agosto deste ano, já com metástase. Ele enfrentou o tratamento inicial com a mesma garra que sempre teve nos palcos, mas infelizmente, não obteve sucesso.
Sepse Pulmonar: O Desfecho da Batalha
A causa da morte foi uma sepse pulmonar, uma complicação grave que surgiu após o agravamento do câncer. A sepse é uma resposta “exagerada” do corpo a uma infecção, e no caso de Ney, ela se desenvolveu no pulmão. É como se o corpo, em vez de lutar apenas contra a infecção, acabasse se machucando no processo. Para entender melhor, imagine que seu corpo é um carro: uma infecção é como um problema no motor, e a sepse é quando esse problema se espalha, afetando outras partes do carro.
Entendendo o Câncer de Próstata
O Vilão Silencioso
O câncer de próstata é o mais comum entre os homens no Brasil e o terceiro mais incidente no país. A próstata, uma glândula masculina localizada entre o reto e a bexiga, tem como função produzir o líquido prostático, que faz parte do sêmen e protege os espermatozoides. O problema é que esse tipo de câncer pode ser silencioso em seu estágio inicial, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Fatores de Risco: Quem Deve Se Preocupar?
A idade é o principal fator de risco. Homens com mais de 50 anos são os mais propensos a receber o diagnóstico. Mas quem tem histórico familiar da doença e indivíduos negros também precisam ficar de olho. É crucial que homens a partir dos 50 anos façam exames de rotina, como o PSA (dosagem do antígeno prostático específico) e o toque retal. Para homens negros e com histórico familiar, essa atenção deve começar aos 45 anos. Esses exames podem salvar vidas, então, não deixe o preconceito te impedir de se cuidar.
Sintomas: Quando o Corpo Dá Sinais
Os sintomas do câncer de próstata geralmente aparecem quando a doença já está em estágio avançado. Isso acontece porque o aumento da próstata afeta a uretra, dificultando a passagem da urina. Se você notar dificuldade para urinar, necessidade de ir ao banheiro com mais frequência, diminuição do jato de urina, dor ao urinar ou ejacular, sangue na urina ou no sêmen, ou até mesmo alterações nas fezes, é hora de procurar um médico. Mas calma, nem todo aumento da próstata é sinônimo de câncer. A hiperplasia prostática benigna, comum após os 50 anos, também pode causar esses sintomas.
Sepse: A Resposta Descontrolada do Corpo
Como a Sepse Acontece
A sepse surge quando o corpo reage de forma exagerada a uma infecção, seja ela causada por vírus, bactérias ou fungos. Quando temos uma infecção, nosso sistema imunológico entra em ação, causando uma inflamação local, que pode gerar febre. Mas, quando essa resposta é desregulada, a sepse pode acontecer, prejudicando outros órgãos do corpo. No caso de Ney Latorraca, a sepse se desenvolveu no pulmão e acabou se espalhando para a corrente sanguínea, afetando o corpo como um todo.
Quem Está Mais Vulnerável?
Pessoas com câncer, como Ney, estão entre os grupos de risco. A imunidade comprometida pelo tumor e pelo tratamento aumenta a vulnerabilidade à sepse. Mas atenção, qualquer pessoa pode desenvolver a doença. Pacientes imunocomprometidos, como aqueles que passaram por transplante de órgãos, têm Aids ou tumores, também precisam ficar atentos. As infecções mais comuns que podem levar à sepse são a pneumonia, a infecção urinária, intestinal e de pele.
Sintomas: O Sinal de Alerta
A sepse geralmente aparece depois de uma infecção já existente, como uma gripe ou uma infecção urinária. Se os sintomas como febre e mal-estar generalizado não melhorarem ou piorarem com o tempo, fique atento. A alteração da consciência, o aumento da frequência respiratória e a queda da pressão arterial também podem ser sinais de alerta. É crucial procurar ajuda médica imediatamente nesses casos, pois a sepse pode evoluir para um choque séptico, que é uma emergência médica.
Legado e Homenagens
Um Legado que Transcende as Telas e os Palcos
Ney Latorraca não foi apenas um ator; ele foi um artista completo, que respirava arte em cada gesto e em cada palavra. Sua versatilidade o permitiu passear por diferentes gêneros e personagens, deixando sua marca em cada um deles. Seja nos palcos, nas telas da televisão ou no cinema, Ney sempre nos presenteou com sua irreverência, seu humor e sua profunda sensibilidade. Sua partida deixa um vazio imenso na cultura brasileira, mas seu legado permanece vivo em cada risada, em cada personagem inesquecível e em cada momento de emoção que ele nos proporcionou.
O Mistério de Irma Vap: Uma Obra-Prima que Conquistou o Brasil
Em 1986, Ney e Marco Nanini protagonizaram “O Mistério de Irma Vap”, um marco do teatro brasileiro que ficou mais de 11 anos em cartaz. Uma peça que, com certeza, ficou na memória de muitos, não é? A forma como os dois atores davam vida a tantos personagens, com tanta leveza e humor, é algo que nunca será esquecido.
TV Pirata: O Humor Genial de Ney Latorraca
E quem não se lembra do Barbosa, o personagem de Ney Latorraca no “TV Pirata”? Aquele velho tarado, com seu bico inconfundível, marcou época e divertiu gerações. Era a prova de que Ney era um mestre do humor, capaz de criar personagens hilários e memoráveis.
Despedida e Uma História de Amor
Ney deixa o marido, o ator Edi Botelho, com quem era casado há 30 anos. Os dois chegaram a trabalhar juntos em algumas peças, mostrando que o amor e a arte andavam de mãos dadas em suas vidas.
A Reflexão Final
A partida de Ney Latorraca nos faz refletir sobre a importância de cuidarmos da nossa saúde, de estarmos atentos aos sinais que o corpo nos dá e de não adiarmos os exames de rotina. Que a sua jornada nos inspire a celebrar a vida, a valorizar cada momento e a seguir seus passos na busca pela arte e pela expressão. Ney foi uma estrela que brilhou intensamente, e sua luz continuará a nos guiar.
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